erick barnow

Os Documentários segundo Erik Barnow

Erik Barnouw (1908 – 2001) é um historiador das mídias e autor de um dos mais importantes livros a respeito de Documentários. 

Erik Barnouw professor da 
Columbia University, morreu com 93 anos

Ele foi trabalhar na Columbia University em 1946, depois de uma carreira bem sucedida no rádio, trabalhando para a CBS e NBC, antes da 2a. guerra. Durante seu trabalho na Columbia ele organizou a Divisão de Cinema na Escola de Artes e serviu como chefe de departamento até 1968. Ele também serviu como editor para o Centro para Comunicação de Massas da Columbia University, e permaneceu trabalhando na Columbia até 1973.

[ Documentary ] a history of non-fiction film”, um livro publicado em 1974 e atualmente com 6 edições. Este livro pode ser baixado da internet, (a versão de 1987, não revisada) no endereço abaixo (obviously in English):

Nesta última versão, Barnouw inclui um capítulo que ele chama de MOVIMENTO, que retrata a situação do documentário na década de 70 e 80.

segunda edição em papel jornal com 
capa mole de 1993

O livro conta a história do documentário, principalmente o americano e algumas outras de outros países. Todavia o mais interessante a se considerar nessa história é a classificação que Erik Barnouw realiza frente aos diferentes tipos de documentários que ele vai citando ao longo da história. Essa classificação é bem mais complexa do que a classificação, um tanto simplista, de Bill Nichols.

Cada um dos tipos referem-se a períodos históricos específicos e as funções desempenhadas pelos documentários. Em “Vislumbre de Maravilhas” Barnouw trata dos primeiros filmes, e os primórdios das imagens em movimento. Em “Imagens ao Trabalho”, apresenta a fase dos filmes poéticos mas que são subdivididos em 3 categorias: Explorador, Repórter e Pintor.

Em “Som e Fúria” Barnouw apresenta os filmes sonoros e os associa atividades humanas como o Defensor, o Corneteiro que passa instruções aos soldados e o Acusador, que afirma quem fez algo. Em “Lentes Nubladas”, apresenta o período do pós-gerra, (década de 50), com Poetas, Cronistas e Promotores de idéias e empresas.

Depois em “Foco Nítido” apresenta os filmes do período do Som Direto (década de 60 e 70), mas com categorias que são bem distintas: o Observador (e aqui concorda com Nicholls) que olha, ouve e memoriza; o Catalisador, aquele que incita determinadas reações; e o Guerrilha, aquele que vai à luta contra o que está estabelecido.

Aproveito para fazer algumas sugestões de filmes do capítulo “IMAGENS AO TRABALHO” (ainda o cinema mudo), que poderão ser vistos no Youtube e que permite que você tente encaixá-los em alguma daquelas categorias citadas acima. Na próxima postagem eu apresentarei alguns filmes do capítulo “Som e Fúria” e do capítulo “Lentes Nubladas”. OBSERVAÇÃO MUITO IMPORTANTE: alguns filmes mudos receberam uma musicalização mais contemporânea, o que permite que os vejamos com mais interesse.

Joris Ivens – A ponte 1928
Joris Ivens – A Chuva 1929
Jean Vigo – A propósito de Nice 1930
Dziga Vertov – O Homem com a Câmera 1929
Victor Turin – Tuksib 1929
Dziga Vertov – A sexta parte do Mundo 1926 (música de Michael Nyman 2010)
Merian C. Cooper – Grass: A Nation’s Battle for Life (Documentary Film 1925) TRECHO

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